Ediani Rafaela Ferreira - "Meu nome é Ediani Rafaela Ferreira, eu tenho 32 anos, estou gestante de sete meses. E eu trabalho, sou servidora pública e sou formada em Direito."

Melissa Pereira - "Meu nome é Melissa e eu tenho 23 anos. Eu sou mãe. Fui mãe na pré-adolescência. Sou esposa, no quadro, no rótulo da esposa. Sou trabalhadora também, eu trabalho, sou estudante de Licenciatura em Física. É basicamente isso, sou mãe de pets também. Ah, sou uma pessoa otimista com a vida. Sou interessada, sou curiosa. Tenho muitos sonhos, objetivos. Aos poucos eu estou cumprindo-os. Não da maneira que eu imaginava, mas vamos realizando."

Alciane Nolibos Baccin - "Eu sou professora na Unipampa há cinco anos. Sou jornalista formada há vinte e cinco anos e trabalhei vinte anos no mercado. Como jornalista, passei dezessete anos na mesma empresa, mas não sou de me acomodar muito em um lugar, né? Procuro sempre fazer coisas diferentes. Então, eu acho que a carreira docente me possibilita isso, porque a cada nova turma que a gente tem contato, é uma experiência totalmente diferente na docência. Nunca é a mesma coisa. Embora os conteúdos e como tu vai dar tua aula possam ser muito parecidos com os semestres anteriores, a turma é totalmente diferente, as pessoas são todas diferentes e a interação é diferente. Então, tudo muda, né? Ser docente me permite não fazer a mesma coisa todos os dias."

Nathaly Fonseca - "Meu nome é Nathaly, eu tenho 14 anos e é isso."

Thaylise Gonçalves - "Meu nome é Thaylise de Melo Gonçalves, eu tenho 14 anos, eu fiz dia 31 de outubro, agora, deste ano. Minha data de nascimento é 31 do dez de 2010 e, atualmente, eu estou no 8° ano, ali, da escola ensino fundamental Ubaldo Sorrilha Costa. É isso, eu estudo e fico em casa ajudando minha mãe, e procuro um serviço."

Rosiane Cordova - "Eu sou poeta".

Rafa Ella Brites - "Rafaela é uma mulher transvertigênera de 27 anos, muito inquieta com tudo. Por um momento da vida achou que era um alienígena, teve uma fase que eu tinha certeza que era alienígena. Certeza absoluta. Que eu sempre fui muito diferente. E aí hoje eu entendo que eu sou muito parecida... que a minha vida é muito marcada por essas dualidades. Por ganhar muito, perder muito. Por esses movimentos grandes e depois uma reclusão. Sempre muita intensidade [...] Eu tenho tentado dar vazão pra tudo aquilo que me movimenta, que me dá vontade. Então tenho tentado agora menos, né? Tenho tentado desenvolver meu o meu trabalho artístico. Tenho tentado desenvolver o meu trabalho oracular lá no naquele perfil, sereia do futuro. Com tarô com astrologia. Tenho me esforçado muito na vida acadêmica pra que eu uma carreira acadêmica, que eu acho que é o primeiro sonho que eu tive ainda pré-adolescente, era professora acadêmica, professora universitária."

Vanderleia Siqueira - "Meu nome é Vanderleia, a maioria das pessoas me chamam de Vand. Eu sou formada em três faculdades. Eu me formei muito cedo em Administração de Empresas e eu nunca me encaixei nessa área. E daí eu senti necessidade de algo a mais, então eu fiz uma especialização em Marketing, e depois eu fiz vários cursos na área de terapia holística.

E daí senti que a administração e a terapia não estavam se encaixando, e muito menos o marketing, então eu resolvi fazer uma faculdade que me formei há pouco tempo, que é enfermagem, que também não tem muito a ver, né? Mas eu gostei bastante da área da enfermagem, e a enfermagem é muito ampla. Então eu consegui encaixar as minhas especializações na parte holística, que se encaixa em saúde mental. Daí fiz uma especialização em saúde mental. Então agora, eu prefiro me colocar como enfermeira terapeuta, com especialização em saúde mental. E vamos ver o que vai ser.

Ah, eu gosto de diversas coisas. Eu não consigo focar numa coisa só. Já fui diagnosticada também com TDAH."

Melanie Molina - "Eu me chamo Melanie. Eu sou formada assistente social, pela Universidade Federal do Pampa, tenho 41 anos, sou são-borjense, moro em São Borja desde sempre. Tenho várias perspectivas em termos de estudo, estudei a vida inteira. Então eu também sou técnica em Contabilidade, também fui cabeleireira há quinze anos, sou cabeleireira. É a profissão que atuo."

Lins Robalo  - "Meu nome é Lins Robalo, eu sou uma mulher negra, travesti, de periferia, sou assistente social, estudante, servidora pública. Estou, por enquanto, num cargo de vereança e tenho 41 anos de idade."

Jacqueline Moura dos Santos - "Eu sou Jaqueline, tenho 51 anos. Sou técnica de Enfermagem já há treze anos. Sou mais caseira, vou do trabalho pra casa, e cuido dos netos, é esse meu dia."

Vanessa Possel - "Meu nome é Vanessa, eu tenho 44 anos. Sou professora há 13 anos, aqui, em São Borja, no Estado. E já vivi em vários lugares aqui dentro do Rio Grande do Sul. Eu digo que a minha vida de infância foi pulando de galho em galho, porque, eu já vivi o luto desde pequena. Eu perdi a mãe muito pequena. E aí eu fui morar com uma avó, com as tias. E essa tia, faleceu há pouco e aí isso me fez morar em algumas cidades e viver, de uma forma um pouco diferente, talvez, do que a maioria da minha idade. Eu, por exemplo, não tenho amigos de infância daqueles que quando eu era pequenininha, porque muitos eu perdi o contato. Eu fui fazer uma amizade, principalmente na escola, que tem muita gente pra ainda ter o contato e tal, mas eu não tenho. Tem gente que diz: "Ah, eu sou amiga desde o berço do Fulano". Eu não tenho isso, sabe? Pela mudança, de ter morado com a vó em um lugar, depois com a tia no outro, assim, em função disso. Mas, ah, sou uma professora apaixonada pela minha profissão. Apesar de achar que é difícil, a gente não pode romantizar as coisas, né? Mas é uma coisa que eu faço, fiz por escolha e escolho todos os dias, eu acho que é uma das coisas que mais me realizam. Ser professora é minha profissão."

Silvana Pinheiro - "Eu sou professora aposentada, trabalho na área de produção cultural e também faço parte de um coletivo feminino que luta pela garantia de direitos e conquista de novos direitos para as mulheres."

Lisiani Scalco - "Eu sou a primeira de três filhos de Lael Scalco, um homem nascido em Caxias do Sul, que veio pra São Borja fazer um estágio e conheceu a nossa mãe, Maria Isabel Guimarães. Eu sou uma mulher apaixonada pela vida, que gosta muito do que faz, ou seja, eu diria que eu amo a minha profissão. Eu amo advogar. Eu procuro desenvolver uma advocacia humanizada, respeitosa e não estou naquela linha de advogados que entendem que o combate é a melhor solução. Por isso eu também ,além de ser advogada, eu sou conciliadora e mediadora do CEJUS São Borja, voluntária 2018. Eu acho importante essa busca da pacificação social. Antes de ajuizar qualquer ação ou de contestar qualquer ação, eu sempre procuro mediar, buscar a possibilidade de um acordo. Sou especialista em direito público municipal, especializada em direito sistêmico, mestranda em políticas públicas pela nossa Unipampa, e em maio, eu fiz quatro anos do programa Voz de Mulher, que é uma paixão também, é um espaço que eu procuro manter para dar vez e voz a todas as mulheres da nossa cidade."